Quando se fala em investimentos seguros no Brasil, dois nomes quase sempre aparecem: Tesouro Direto e CDB (Certificado de Depósito Bancário). Ambos são alternativas de renda fixa, ou seja, investimentos em que você sabe de antemão as regras de rentabilidade, diferentemente da renda variável, como ações.
Mas afinal, qual é o melhor investimento em renda fixa em 2025? A resposta depende do seu perfil, dos seus objetivos e até da sua paciência com burocracias. Neste artigo, vamos comparar as principais características desses investimentos e mostrar em quais situações cada um pode ser mais vantajoso.
📌 O que é Tesouro Direto e como funciona
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite ao investidor comprar títulos públicos de forma online e acessível. Na prática, você está emprestando dinheiro ao governo em troca de juros.
Existem diferentes tipos de títulos, mas o mais popular para quem busca segurança é o Tesouro Selic. Ele acompanha a taxa Selic, que em 2025 segue em torno de dois dígitos (15% ao ano). Isso significa que o investimento se ajusta ao cenário econômico e mantém rentabilidade atrativa em momentos de juros altos.
Outros títulos do Tesouro podem pagar juros prefixados (com taxa definida no momento da compra) ou híbridos (atrelados à inflação mais uma taxa fixa). Cada modalidade atende a objetivos distintos, como proteger contra a inflação ou garantir previsibilidade de retorno.
📌 O que é CDB e como funciona
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é emitido por bancos para captar recursos. Ao aplicar em um CDB, você está emprestando dinheiro ao banco, que em troca paga juros sobre o valor aplicado.
Os CDBs podem ser:
- Prefixados: a taxa é definida no momento da aplicação (ex.: 12% ao ano).
- Pós-fixados: rendem um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha de perto a taxa Selic. Exemplo: 100% do CDI.
- Atrelados à inflação (IPCA + taxa fixa): protegem o poder de compra.
Uma vantagem dos CDBs é a variedade: eles podem ter prazos curtos ou longos, com ou sem liquidez diária.
Além disso, contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição em caso de quebra do banco.
⚖️ Comparativo Tesouro Direto x CDB
Assim, agora que entendemos como funciona cada investimento em linhas gerais, vamos ao comparativo direto nos pontos mais importantes:
🔹 Rentabilidade
- Tesouro Direto (Selic): acompanha a taxa básica de juros. Com Selic em 10,5% ao ano em 2025, o retorno líquido gira em torno de 8% ao ano após impostos.
- CDBs: podem superar o Tesouro se pagarem um percentual alto do CDI (ex.: 110% ou 120%). Nesse caso, podem render mais do que o Tesouro Selic. Porém, é preciso avaliar se o banco emissor é confiável.
- Resumo: CDBs de bancos médios geralmente oferecem rentabilidade superior, mas o Tesouro Selic é mais previsível e seguro.
🔹 Liquidez
- Tesouro Selic: pode ser resgatado a qualquer momento, mas a liquidação leva 1 dia útil.
- CDBs: alguns oferecem liquidez diária, mas muitos só permitem resgate no vencimento.
- Resumo: Tesouro Selic é mais simples e flexível, enquanto os CDBs exigem atenção ao prazo.
🔹 Segurança
- Tesouro Direto: é considerado o investimento mais seguro do país, pois tem garantia do Tesouro Nacional.
- CDBs: dependem da saúde financeira do banco emissor, mas têm cobertura do FGC até o limite estabelecido.
- Resumo: ambos são seguros, mas o Tesouro Direto tem respaldo direto do governo.
🔹 Tributação
A tributação é a mesma para Tesouro e CDB:
* 22,5% sobre o rendimento para aplicações até 180 dias;
* Reduzindo progressivamente até 15% para aplicações acima de 720 dias.
Além disso, ambos têm cobrança de IOF para resgates feitos antes de 30 dias.
- Resumo: Neste ponto temos um empate.
👤 Qual é a melhor opção para diferentes perfis de investidor?
* Investidor iniciante: Tesouro Selic, pela simplicidade e segurança.
* Busca liquidez máxima: Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária.
* Espera maior rentabilidade: CDBs de bancos médios pagando acima de 110% do CDI.
* Procura diversificação: combinar os dois pode ser uma ótima estratégia.
🛠️ Como escolher entre Tesouro Direto e CDB na prática
1. Defina seu objetivo – reserva de emergência, médio prazo ou longo prazo.
2. Avalie prazos e liquidez – precisa do dinheiro disponível a qualquer momento? Prefira liquidez diária.
3. Compare rentabilidade líquida – utilize simuladores online que já descontam impostos.
4. Verifique a instituição emissora – em CDBs, escolha bancos confiáveis ou diversifique entre emissores.
🚀 Conclusão: não é sobre o “melhor”
Em 2025, tanto o Tesouro Direto quanto os CDBs continuam sendo pilares da renda fixa no Brasil. O que vai definir o “melhor” investimento é o seu perfil e objetivo:
* Se busca segurança e simplicidade, o Tesouro Selic é imbatível.
* Se aceita abrir mão de liquidez e confia no banco emissor, CDBs podem render mais.
O ideal para a maioria dos investidores é usar ambos: Tesouro para a reserva de emergência e CDBs para metas de médio prazo. Assim, você garante o equilíbrio entre segurança, liquidez e retorno.
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